Alimentos que ajudam a combater a ansiedade

Com a quantidade de informação que nos chega diariamente, nem sempre positiva, atualmente a depressão, o stress e a ansiedade são cada vez mais frequentes.

A alimentação pode ajudar a controlar estes sintomas e no geral deve incluir alimentos ricos em magnésio, ômega-3, fibras, probióticos e triptofano. Estes nutrientes ajudam a regular a flora intestinal e aumentam a produção de serotonina, promovendo a sensação de calma e relaxamento, diminuindo a ansiedade.

Sabia que a alimentação pode ter influência no seu humor?

A alimentação pode afetar o seu estado de ansiedade, pois muitos dos seus componentes atuam como precursores de neurotransmissores, como, por exemplo, a serotonina, o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e até induzir e melhorar o sono. Muitas substâncias presentes nos alimentos induzem uma maior produção de serotonina.

Alimentos que combatem a ansiedade
  • Triptofano: A serotonina é produzida a partir do triptofano. É um aminoácido essencial e por este motivo precisa ser fornecido ao organismo através da dieta, já que o corpo não o produz. Mesmo após uma refeição rica nestas proteínas, pouco triptofano atinge o cérebro devido à competição com outros aminoácidos.

Contudo, depois de uma refeição rica em hidratos de carbono, a insulina atua mais intensamente sobre os aminoácidos, realizando uma melhor distribuição dos mesmos.

A α-lactalbumina, um constituinte do leite, é uma proteína que contém triptofano em quantidade relativamente superior do que a maioria das proteínas.

Fontes: Todas as proteínas completas como as da carne, lacticínios e ovos, frutos secos, banana, framboesa.

  • Vitamina C: Estudos comprovam que esta vitamina diminui a secreção de cortisol, hormona responsável pelo stress e ansiedade. Além disso, por ser um poderoso antioxidante previne o cansaço e combate o stress.

Fontes: Laranja, limão, kiwi, abacaxi, agrião, brócolos, coentros, couve, pimento, salsa.

  • Selénio: A sua deficiência pode causar depressão. O modo de atuação ainda é desconhecido, no entanto, supõe-se que a sua atividade antioxidante esteja envolvida. O selénio é cofator de enzimas reguladoras dos sistemas de oxirredução.

Fontes: frutos secos, peixe.

  • Vitamina B6 (piridoxina): Participa na produção dos neurotransmissores norepinefrina e serotonina e consequentemente melhora o humor.

A carência de vitamina B6 ou de ácido fólico no organismo pode levar a uma diminuição na síntese de serotonina com ação direta sobre o humor. A melhor forma de conseguir esses nutrientes é através da dieta equilibrada e variada.

Fontes: frango, peru, perdiz, atum, cavala, banana, cereais integrais, arroz integral, alho, grãos integrais, ovos.

  • Magnésio: está envolvido na regulação dos níveis de serotonina.

Fontes: Banana, leguminosas (grão, feijão, ervilha) soja, espinafres, couve, cereais (aveia, trigo, farelo de trigo) frutos secos (nozes, amêndoas, castanhas), leguminosas (soja, tofu, lentilhas, feijão, ervilhas).

  • Ácido fólico: Considerado como antidepressivo. Na forma reduzida, pode regular os níveis cerebrais de serotonina.

Fontes: Vegetais de folha verde, feijão, espargos, cogumelos, tomate, salsa, laranja, morango, frutos secos.

  • Ómega 3: Estão associados a alterações do cérebro que parecem melhorar os estados de humor.

Fontes: peixes (salmão, arenque, sardinha, cavala e atum) e linhaça.

  • Zinco: Há uma estreita relação entre os níveis de zinco e depressão. Observa-se frequentemente sinais de deficiência neste mineral em pessoas deprimidas e ansiosas. Fontes: Ostras, mariscos, carnes magras, frutos secos, aveia, pão e outros cereais integrais.
  • Colina e a lecitina: Afetam de favoravelmente o funcionamento cerebral resultando em alterações positivas de humor.

Fontes: Ovos, Fígado e Soja.

  • Hidratos de carbono: Um fornecimento de hidratos de carbono de absorção rápida ao cérebro, como o açúcar (glicose), de forma estável, constante e sem grandes oscilações, ajuda a elevar os níveis de serotonina. Na presença de serotonina a pessoa sacia-se mais facilmente e inibe mais facilmente a ingestão de açúcares, tendo maior controle na vontade de comer doces. Desta forma, a maneira mais eficaz de manter os níveis de açúcar no sangue constantes é evitar a ingestão de açúcares refinados (presentes em alimentos doces, bolos, bolachas, chocolates, açúcar de mesa), e aumentar a ingestão de hidratos de carbono de absorção lenta, que libertam lentamente o açúcar na corrente sanguínea.

Fontes: Pão, cereais, arroz, massa, leguminosas.

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Sara Frija

Sara Frija

Licenciada pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz em Ciências da Nutrição e Mestrada em Tecnologia e Segurança Alimentar pela Faculdade de Ciências e Tecnologia pela Universidade Nova de Lisboa. Realiza periodicamente formações na área da Nutrição, Coaching e Comunicação.
A sua grande paixão pela gastronomia levou-a desde cedo a interessar-se pela área da Nutrição. Descobriu o poder funcional dos alimentos e a sua capacidade de intervirem na nossa saúde e bem-estar. Foi assim que se decidiu a ser Nutricionista. O que mais gosta nesta profissão é de poder ajudar as pessoas a perder peso e a redescobrirem uma nova alegria de viver.

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