O pH da água. Vilão ou não – eis a questão!

Ultimamente há um grande debate na necessidade de se beber uma água mais alcalina (básica) ou não, qual o fundamento para isto? Veremos já de seguida.

O pH do nosso estômago é reduzido drasticamente aquando da digestão para que uma enzima (molécula que degrada outras moléculas maiores) de nome pepsina consiga atuar nas proteínas e haver uma absorção dos seus nutrientes.

Há 4 aspetos importantes da necessidade do nosso suco gástrico precisar de ter um pH ácido;

O ácido clorídrico, responsável pelo pH ácido, impede a proliferação bacteriana no intestino pois muitos micróbios não conseguem sobreviver nessas condições.

Se o pH não for ácido a digestão é comprometida pois a pepsina não consegue atuar. Esta pepsina tem uma atividade máxima quando o pH é 2, em pH mais alto vai perdendo a sua atividade no entanto ainda existe em valores de pH 7.4. Sendo o pH médio das águas de abastecimento em Portugal de 7.35 a pepsina mantém-se inativa mas de modo reversível. No caso das águas básicas de pH alto, vão inativar a pepsina de forma irreversível.

A vitamina B12 é também dependente do pH ácido, isto porque a vitamina B12 para ser absorvida necessita que uma molécula de nome “fator intrínseco” (FI) seja produzida para ajudar a vitamina B12 a ser absorvida, e esta molécula é produzida por umas células do estômago (parietais) que só funcionam num ambiente de pH ácido.

Por fim, um pH pouco ácido no estômago pode levar a deficiências em minerais, nomeadamente o zinco, ferro e cálcio. Especial relevo para o cálcio pois sem a acidez do suco gástrico o cálcio pode formar complexos minerais insolúveis no estômago, o que compromete a sua absorção – que por sua vez pode potenciar o risco de osteoporose ou de cálculos renais (pedra no rim do tipo fosfato de cálcio ou pedras de estruvita).

Desta forma, águas de pH alcalino devem ser ingeridas com moderação a não ser que recomendadas para auxílio no tratamento do refluxo gastroesofágico, devido ao seu efeito na inativação da pepsina, ou quando há presença dos cálculos renais referidos acima.

Em contrapartida, um pH muito ácido pode também favorecer a formação de pedras nos rins, no entanto do tipo oxalato de cálcio, cistina e ácido úrico, sendo a ingestão regular destas águas desaconselhada.

Concluindo, não há águas melhores que outras, todas podem e devem ser bebidas de forma variada, desta forma não se entra em excessos  e aproveita-se o benefício de ingerir os diversos minerais que estão em concentrações diferentes na água, não interferindo com os níveis de pH que são alvo de um controlo apertado pelo nosso organismo.

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Sara Frija

Sara Frija

Licenciada pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz em Ciências da Nutrição e Mestrada em Tecnologia e Segurança Alimentar pela Faculdade de Ciências e Tecnologia pela Universidade Nova de Lisboa. Realiza periodicamente formações na área da Nutrição, Coaching e Comunicação.
A sua grande paixão pela gastronomia levou-a desde cedo a interessar-se pela área da Nutrição. Descobriu o poder funcional dos alimentos e a sua capacidade de intervirem na nossa saúde e bem-estar. Foi assim que se decidiu a ser Nutricionista. O que mais gosta nesta profissão é de poder ajudar as pessoas a perder peso e a redescobrirem uma nova alegria de viver.

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